quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Resenha: Dead Rising 2

Por Guilherme "Ornacio" Oliveira

Antes de começar este review, eu pergunto: você já jogou Dead Rising? Caso sim, continue a leitura e descubra o que mudou nesta continuação. Caso contrário, saiba que o primeiro episódio, lançado em 2006, é incrível e mostrou um novo conceito de ‘sandbox’. Milhares de zumbis espalhados em um shopping gigantesco para explorar, sobreviventes para salvar, e psicopatas para te dar muito dor da cabeça. No jogo, você controla Frank West, o fotógrafo e protagonista do primeiro game, que nos mostrou o quão divertido e viciante um game com zumbis pode ser.


Em Dead Rising 2, você está em Fortune City, a nova Las Vegas. O protagonista da história é Chuck Greene, pai de família, campeão de motocross e estrela de um programa, diga-se de passagem bizarro, chamado Terror is Reality (TIR), no comando do programa está o excêntrico e magnata Tyrone King ou TK. Chuck só aceita participar do show, que envolve matar o maior número de zumbis possível, dentro de uma arena em um determinado tempo, por que sua pequena e adorável filha Katey, foi mordida por um zumbi e, para não se tornar um, precisa diariamente de doses de Zombrex, o medicamento que retarda o efeito do vírus e tem efeito de somente 24 horas. Logo, Chuck precisa do dinheiro que ganha nas competições para comprar o remédio.

No início do jogo, é mais uma noite de competição na arena TIR, Chuck deixa a pequena Katey em um lugar seguro e vai fazer seu trabalho. Após o show, de volta para o backstage algo acontece, e zumbis começam a invadir o local. Chuck sai à procura de sua filha e decide encontrar algum lugar seguro, e claro, vocês acabam em um abrigo com outros sobreviventes.

Dentro do abrigo você conhece os próximos personagens que vão dar rumo à trama, Stacey Forsythe, líder do C.U.R.E. (Citizens for Undead Rights and Equality), um grupo de pessoas que acreditam e defendem os direitos de ‘vida’ dos zumbis, afinal, zumbi também é gente. A repórter ambiciosa, corajosagostosa Rebbeca Chang e Raymond Sullivan, o chefe de segurança linha dura responsável pela ‘harmonia’ do local.

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Durante o desenrolar da história, a mídia acusa Chuck de ser o causador da invasão zumbi, em Fortune City e de acordo com Sullivan, o resgate militar chega em 72 horas. Agora cabe a você encarnar o personagem, e acompanhar todos os casos, a fim de descobrir o que está acontecendo dentro da cidade, provar sua inocência e claro, dar doses diárias de Zombrex para Katey.

Sobreviva, evolua e não esqueça o Zombrex

Para se dar bem em Dead Rising 2, será necessário que você esmague a cabeça de muitos zumbis. O game tem um sistema de evolução que funciona em cima de experiência. Conforme o level alcançado, Chuck Greene fica mais forte, mais ágil, ganha mais espaço em seu inventário e habilita novos Combo Cards. Falando em novidades, os Combo Cards permitem que você crie armas potentes combinando vários itens espalhados pelo cenário. As modificações são infinitas e inesperadas, desde ursos de pelúcia com metralhadoras, tacos de baseball com pregos, cadeira de roda elétricas à guitarras ‘tunadas’ que explodem cabeças com o bom heavy metal.

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Se você achou que o shopping de Dead Rising era grande, espere até conhecer Fortune City. A cidade é imensa e faz jus a réplica de Las Vegas, cheia de centros comerciais, cinemas e cassinos, cada um com uma perspectiva diferente e com o dobro de zumbis do primeiro episódio.

Os psicopatas, pessoas que foram psicologicamente afetadas pelo stress do holocausto zumbi, continuam espalhados pela cidade causando problemas. Enquanto, muitos sobreviventes precisam ser encontrados e levados para a Safe House. Ambas ações, de matar ou ajudar, vão lhe dar muita experiência e eventualmente alguma regalia preciosa, como um novo combo card ou até uma dose de Zombrex.

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Dead Rising 2 continua com seu humor ácido, desde casuais pitadas de conotação sexual até piadinhas e diálogos entre os personagens. E para quem está acostumado com Frank West, devo dizer que Chuck Greene é mais carismático do que o canastrão da série anterior. O protagonista consegue ter a pose de durão e paizão ao mesmo tempo, o que adicionou demais. O enredo também agradou muito, pois é cheio de reviravoltas que causam mind blows constantes, durante sua evolução.

Pitaco final!

Em uma escala de zero à dez, afirmo que Dead Rising 2 está na sétima colocação. Infelizmente, no amontoado final, o jogo continua sendo Dead Rising, só que mais difícil. A falta de ‘checkpoints’, na trama, também é um fator que desanima um pouco, não é divertido você salvar várias pessoas, dar de cara com um psicopata e ser morto, daí ter que voltar da última vez que o jogo foi salvo. Isso rendeu ecos infinitos de palavrões em minha casa.

Porém, Chuck Greene salva o título. O personagem e o sistema de combo cards sabem fazer a diferença em DR2. A sensação de estar em cima de algum lugar, repleto de zumbis, e utilizar a guitarra tunada, enquanto suas cabeças explodem conforme o riff, não tem preço.

Dead Rising 2 é um bom jogo, porém, vou encarar como uma série que precisa ser aperfeiçoada. E caso decida se aventurar em Fortune City, tenha em mente: try to not lose your head!

Dead Rising 2
Sandbox
Desenvolvido pela Blue Castle Games e distribuído pela CAPCOM
Playstation 3, Xbox 360
Utilizada a versão de Xbox 360 para essa resenha
História terminada uma vez, com saldo de 3058 zumbis mortos.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Resenha: DJ Tiësto

Por Guilherme "Koala" Iizuka




Trance. Não, não estou falando da forma rosa do Zidane no FFIX. Estou falando de uma das principais vertentes da música eletrônica que surgiu na década de 90. Com seu estilo vindo um pouco do Techno e do House, o Trance para alguns como eu, varia de uma sessão de relaxamento a um boost no ânimo, ideal para quando você está jogando algum FPS. O Trance em si é lento e calmo, com ou não letra e vocal. É, eu sei o que você está pensando. Texto de horóscopo, palavras jogadas sem sentido, correto? Em parte sim, afinal, Trance é para se sentir, curtir, ouvir e não ficar definindo em palavras.

Sei que a grande maioria que acessa este blog é rockeiro, metaleiro ou algo do tipo, onde fala que eletrônico é tudo igual. Há quem diga o mesmo para as vertentes do rock, mas a resposta é a mesma, ouvindo você sabe a diferença. Eu poderia passar horas e horas, escrevendo a diferença de Psy(chodelic)Trance e Trance, mas não estou aqui pra isso.

Sim, nascido no inicio da década de 90, este gênero musical teve um caminho tortuoso. Houve momentos em que o futuro do Trance era incerto. Mas grande produtores o fizeram renascer, dentre eles Armin Van Buuren, Paul Van Dyk, Ferry Corsten, Paul Oakenfold e a estrela do post, DJ Tiësto.

The Legend



É uma quarta-feira a noite em Berlim, o DJ holandês está tocando seu set para mais de 80mil pessoas. Amanhã ele estará na França e no dia seguinte na Grécia. Pode parecer absurdo mas sim, essa é a rotina do auto proclamado, DJ número 1 do mundo (três vezes o DJ nº1, atualmente em 3º lugar, segundo a avaliação da DjMag). Nem Jack Bauer visita tantos lugares diferentes em tão pouco tempo.

Usando de inspiração, believe or not, U2, Tiësto investe pesado em suas apresentações ao vivo. Mixando além de outras músicas, suas próprias na hora, de acordo com a animação do público. Para os shows, faz questão de usar seus próprios funcionários para cuidar de toda a área do show, som, luz e toda a parafernália visual que faz com que você fique de boca aberta quando assiste. Não precisa de umas balinhas para ficar doidz assistindo um show dele.



Assistir a um show dele e ficar parado, é improvável, é impossível, já dizia Samuel Rosa. Como citei acima, alguns sets são mais calmos e relaxantes mas outros, é o que você precisa para se animar e sair pulando sem se importar com mais nada. Ou pelo menos, encarar aquela fase no Very Hard que você nunca passou nem perto.

Mas não pense que ele só fica ali mixando sets de outros DJs. Depois de um show FREE na praia de Ipanema em 2007, onde o mesmo arrastou uma multidão de 250 mil pessoas, o mundo começou perceber que o eletrônico não é apenas um conjunto de batidas aleatórias. Diversos artistas começaram a procura-lo para fazer músicas em conjunto. Incluindo a dupla indie Tegan e Sara, Nelly Furtado e Timbaland.



Por mais que Tiësto não seja o verdadeiro número um do mundo, ele tem todo o direito de se proclamar assim. Qual outro DJ de Trance, ou qualquer outro gênero de eletrônico, você pode falar que fez a BGM das olimpíadas de 2004, na Grécia? Exatamente, nenhum. Não apenas isso, Tiësto tem uma enorme bagagem. Foi indicado ao Grammy por melhor álbum com o “Elements of Life” em 2008.



Gamer



Aproveitando que o foco deste blog são os games, vou entrar neste assunto também. Provavelmente você deve estar pensando, HOW, certo? Bem, para começar advinha quem foi escolhido para fazer a música tema daquele novo Alone in the Dark? Confesso até, uma das maiores inspirações (se não a única) para jogar este jogo foi a trilha do Tiësto. Lembra a historia do boost no animo? Pois bem, quando eu vi aquele trailer, não resisti e baixei na hora. Não joguei muito porque meu PC n agüentava mas isso não
vem ao caso. Enfim, fala que não da uma vontadezinha de jogar quando você vê este trailer? Podia até ser Enduro do Atari, como uma música dessas no fundo, você vai sim, ficar na vontade de jogar.



E recentemente, Tiësto não ficou apenas no backstage criando música de fundo para jogos ai. Devido ao seu grande sucesso, Tiësto foi convidado a participar do DJ Hero 2, onde serviu de modelo e recriaram sua imagem in-game, para que todos vocês possam se sentir como é ser o melhor DJ de Trance do mundo. Você vai tocar seus melhores hits mixado com outras músicas bem famosas por ai, incluindo “Lady Gaga – Bad Romance”, transformar sua sala numa balada e poder falar, Tiësto realmente é foda.



Last Notes

Essa minha religião chamada Trance começou tem “pouco” tempo. Eu já fui um bom rockeiro e fui subindo entre as vertentes do eletrônico, passando por Dance, Techno, Electro e outros diversos gêneros. Neste mesmo post eu postei vídeos contendo diferentes músicas, mas todas explicando a introdução. Dependendo de como é mixado, pode ser o fundo de uma sessão de relaxamento até para um tiroteio contra alienígenas que querem dominar o mundo. Trance é um estilo relativamente pouco conhecido mas que cada vez mais vem saindo de sua toca e conquistando seu espaço.

Tentei deixar o post livre de muitas faixas mas, como falar de um DJ de música eletrônica sem mostrar seu trabalho, certo? Se algum dia tiver a oportunidade de assistir a algum show onde Tiësto estiver presente, compareça. Ainda que você não conheça seu trabalho, você não vai se arrepender. Vide SWU por exemplo, onde diversas pessoas foram para assistir suas bandas de rock favoritas e voltaram abismada com o show que Tiësto deu.

Dance 2 Trance.



Guilherme "Koala" Iizuka é jogador de Starcraft 2 de carteirinha, insígnia e dogtag. Também é troll nas horas vagas e piadista sem compromisso. Aparecerá aqui que nem um sexto integrante dos Power Rangers: Nunca se sabe como, nem quando e nem onde. Mas sempre ao som de um bom eletrônico, ou acompanhado de uma horda de zergs.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Anything Can Happen Thursdays

Por Breno Peruchi



Olha só, rapaz! Num é que depois de meses sem escrever nada pra essa coisa linda em forma de blog, eu estou de volta? E agora com a minha própria coluna semanal, ou não.

“Como assim, coluna semanal, Mestre Breno?” Simples! O cacique mór do blog, Sr. Vitor Duarte Venâncio, vulgo vD, ou V de Venâncio, se cansou de editar todo e qualquer texto que nós, pobres colaboradores, enviávamos para ele. Logo, em uma decisão equivocada inusitada, o jovem outorgou poderes supremos aos colaboradores do blog.

Veja só você, que coisa mais tola a se fazer! Um erro juvenil, que acabará resultando na implosão deste tão singelo espaço cultural. Porque, sejamos sinceros, quando você larga uma Ferrari na mão dum adolescente, o que ele faz? Merda!(N.E.: Bueller?) E quando você solta um blog na mão de um bando de malucos o que acontece com ele? Merda literária!

E a primeira merda que eu vou fazer não tem nada a ver com os jogos, gibis, e as nerdices hardcore comumente encontradas por aqui, aliás, tem. Mas enfim. Hoje, meus caros, estou me sentindo muito romântico. Há uma possibilidade de cozinhar um macarrão pra uma pessoa especial.(N.E.: ERIC CARTMAN!) E aí já viu, né? Preciso externar esta ansiedade em forma de texto. Neste caso, um singelo Top 10 com os melhores finais com beijo!

É pra deixar todo mundo no clima! Pra embalar esse fim de semana de muitas aventuras e infinitas possibilidades amorosas. E quem sabe, inspirar um final com beijo para mim para nossos queridos leitores. Se segura, malandro! Que agora a gente vai mergulhar nos confins mais melosos, babados e cuti-cuti da cultura pop.

10 - Mario.

Acho justo começar a lista pelo cara mais raçudo e sangue bom do universo. Pois mesmo sendo gordo, bigodudo e encanador (logo, portador de um cofrinho medonho), o cara voa, prende a respiração por horas, come cogumelos, e cavalga um dinossauro! E ele faz tudo isso por quem? Pela Peaches!

Ah, o amor! Transformando encanadores gordos em heróis desde 1985.

Agora, vamos concordar que a Peaches é uma grande filha da puta. O cara matou tartarugas coloridas, pulou precipícios, fugiu de linebackers, desviou de balas de canhão e acabou com a raça de um dragão dinossauro só pra salvar a princesa. E o que ele ganhou??? Uma bitoquinha na BOCHECHA! Puta que pariu, Peaches! Você só pode tá de sacanagem comigo!

E o pior! Não foi uma vez apenas! Em três jogos diferentes nosso herói comeu o pão que o Bowser amassou e tudo que ele ganhou foi uma beijoca igual aquela da vovó!
Na boa? Eu no lugar dele teria feito isso:



Pelo menos no Mario 64, além do beijinho, a princesa faz um bolo pra ele! O que é muito mais compensador do que o beijo sem sal na ponta do nariz. Sério. Depois de passar o jogo inteiro comendo cogumelos, você imagina o tamanho da larica do bigode? Haja glacê, meu chapa!



9 - Titanic

Antes de qualquer coisa, você deve deixar de lado essa sua babaquice de que Titanic é uma merda. Agora. Nesse momento! Aceite que o filme é bom pra caralho e pronto. Você será mais feliz assim.

Eu concordo que tem muita coisa que irrita na película. Principalmente as leozetes descabelando-se no cinema. Mas eu assisti Titanic novamente há algum tempo, e o filme é foda! A história é bonita pra porra, e até mesmo a avalanche de clichês despejadas na sua cara faz parte da magia que cerca o barquinho do tio Cameron.

E além de cenas antológicas como o “I’m flying, Jack!” e a mão no vidro do carro, o filme nos presentou com um dos melhores finais com bitoquinha ever!

Pra que não lembra, a cena é assim: O Jackornado Di Caprio está prestes a morrer de hipotermia enquanto sua amada, a Rose Winslet, está na boa boiando em cima dum pedaço de madeira. E no meio da tremedeira gélida, da fumacinha da condensação e de um aperto de mão ártico, surge um beijinho muito sincero, na mão, acompanhado de um “Never let go, Rose.”

Eu sou fã de beijos na mão. Para mim, é uma demonstração de afeto muito mais forte do que uma desentupida de pia. (Que bicha!)

E o fato de mal o Leonardo Di Dawson virar presunto congelado, a srta. Kate DeWitt Bukater largar a mão dele e partir atrás da própria salvação, não me faz crer menos no amor dos dois. E isso é muito bonitinho. Tão bonitinho que eu estou me sentindo uma moça escrevendo esse texto. Vou ali coçar o saco, fumar um cigarro de filtro vermelho, dar uma cuspida e já volto.



8 - Nunca fui beijada.

Esse é um daqueles filmes que, ao ler o plot, você tem uma vontade de chorar de tão absurda que é a premissa. Mas, por Muad’Dib, como o filme é bom! E que belo final com beijo.

Pra quem não se lembra, ou não viu, a história é mais ou menos assim: Josie Geller, interpretada pela delicinha Drew Barrymore, é uma jornalista com seus vinte e poucos anos, cujo chefe sacana envia para uma escola com o objetivo de fazer uma matéria gonzo sobre os jovens de hoje em dia (Por “hoje em dia”, entenda 1999.). A mocinha vai lá, se apaixona por um professor, blá blá blá, e no final fica com ele.

Eu não sei como as coisas foram na sua escola, mas se na minha tivesse aparecido uma mulher de 25 anos, tão gostosa quanto a Drew Barrymore, eu teria percebido automaticamente que alguma coisa estava errada.

Enfim, o importante aqui é o final. Depois de aprontar várias peripécias, e arrumar muita confusão! (Oi, Narrador da Sessão da Tarde!) Josie acaba fazendo merda e todo mundo descobre que ela é uma idosa. Inclusive o professorzinho que tava doido de tesão pela moça. Aí, ela vai e escreve a matéria para o jornal, cujo título é o mesmo do filme, contando toda a verdade e dizendo que vai esperar o professorzinho no centro do campo de baseball, antes de um jogo do time da escola, pra enfim perder a virgindade labial.

No dia do jogo, com o estádio abarrotado de coadjuvantes, nossa heroína se coloca no meio do estádio, microfone em mãos, e começa a contagem para a chegada do príncipe. E... Nada! (Seria glorioso se terminasse assim!) Até que, de um canto do estádio, começa o burburinho. E o professor pedófilo(ele não sabia que ela tinha 25 anos antes de ter seu tesão desperto) vem descendo as escadas, corre para junto da moça e tasca-lhe um beijaço daqueles que costumavam acontecer na Malhação e não acontecem mais. E a galera vai à loucuuuuuura!

A cena é bonitinha pra caralho. Bom, pelo menos prum manteiga derretida como eu, que sempre sonhou em dar uns pegas na Drew Barrymore no meio de um estádio lotado. Exibicionismo, a gente se vê por aqui.



7 - O Estranho Mundo de Jack

Eu não tenho palavras para descrever o quão absurdamente foda é esse filme. Se você não assistiu, espero que você morra lentamente em uma sauna a vapor com essência de Tietê, sendo obrigado a ouvir Restart enquanto assiste o programa do Mion.



6 - Casino Royale

Lynd. Vesper Lynd. Nunca antes na história desse país, uma bondgirl foi tão gloriosamente perfeita.

Eu me apaixonei por Eva Green quando assisti a versão 2.0 de O Último Tango em Paris, também conhecida como Os Sonhadores. (Se você ainda não viu Os Sonhadores, faça um favor a si mesmo e vá ver. Agora!) E quando me contaram que ela seria a bondgirl no reboot do espião mais canastrão do universo, um pequeno arrepio correu minha espinha. Aquele arrepio cujo nome é: “Agora Vai!”.

Cá pra nós, James Bond é uma merda. Todo filme do cara é um exagero da porra, com cheat de ammo infinita e god mode. E é por isso que eu endoidei quando vi Casino Royale.

Depois de vinte filmes, finalmente alguém resolveu levar a bagaça a sério e fazer um filme digno dos livros de Ian Fleming. Tão digno que o agente preferido da rainha apanha, “morre”, joga charme, é canastrão, mata na porrada, blefa como ninguém, toma porrada nas bolas, dá um foda-se pro martini, se apaixona e quase não usa armas. Chupa essa, Pierce Brosnan!

Mas o importante aqui não é o 007, e sim a nossa idolatrada Vesper. A tetéia vai de antagonista com tesão reprimido para traíra, passando por distração de mesa de poker e paixão do herói. Isso se chama: dar profundidade à personagem. Entendeu, Miguel Baía?

Para os alienados de plantão, a coisa rola mais ou menos assim...
Depois que James Bond conclui sua missão, ele vai curtir umas férias com Vésper “Sua” Lynd(a) em Veneza. Descobre que a safada tava atrás da grana que eles recuperaram, rola uma treta gigante, ela fica trancada em um elevador antigo de um prédio que está afundando e nosso herói megulha para salvá-la. Ele não consegue abrir as portas da esperança do elevador, e em seus momentos finais, a gostosura lhe dá um estalinho na mão e morre! A cena é realmente tocante, confere aí:



5 - House (6ª Temporada)

House. É. Foda. Para. Caralho. E tenho dito!

Eu não tenho o que falar de House. Muito menos do final da sexta temporada. Aquele que pra mim podia ser facilmente o final da série. E eu ficaria extremamente feliz. Porque o bagulho foi FODA!

Assíste o vídeo aí, e tire suas próprias conclusões.



4 - Ninja Gaiden

Ah, Ninja Gaiden! Um dos jogos mais absurdamente apelativos de todos os tempos! Como eu sofri pra zerar esta merda no Nintendinho do meu irmão. Até hoje meus dedos doem um pouco só de pensar nesse jogo.

Mas se tem uma coisa que vale a pena, é zerar Ninja Gaiden. Porque o final, meu amigo, é pura poesia brucutu!.A história bagunça da pra dedéu, eu não lembro inteira. Mas o fato é que temos o herói: Ryu Hayabusa, um ninja (Ah, jura!) que parte para a América pra vingar a morte de seu pai. A mocinha: Irene, uma coisinha fofa que a gente só descobre o nome no final e cuja missão é fazer com que o Ryu consiga as estátuas from hell e depois matar o rapaz. E o marvado: Foster, um figurão da CIA que engana Ryu e no final manda Irene matar ele.

Ryu: - Eu recebo dois tipos de pagamento. O primeiro eu já recebi. O segundo... é você, Foster!
Irene: - Ryu, qual é o pagamento que você já recebeu?
Ryu: - Ela está na minha frente.


PUTA QUE ME PARIU NA CHUVA! Isso é que é homem de verdade!
Assiste aí, por favor:



3 - Final Fantasy VIII e Final Fantasy IX

Enfim chegamos ao Top 3. As três quatro histórias mais fodas que acabam em beijo. Sim, quatro! Porque eu não consegui decidir qual dos dois Final Fantasy tem o final com beijo mais bacana, então decidi colocar os dois juntinhos.

Vamos começar por Final Fantasy VIII, ou Fag Fantasy, pros intímos. OJRPG mais afeminado do PSX. (Final Fantasy X é o mais afeminado de todos os tempos. O X-2 não existe.)

Final Fantasy VIII tem um herói absurdamente irritante, Squall Leonheart. O emo enrustido passa o jogo inteiro se esforçando para que todos o odeiem. E pelo menos comigo, ele conseguiu. Mas isso não importa muito aqui. Porque mesmo com a chatice do protagonista, a total falta de graça de seu par romântico, a história completamente confusa, e a estupidez do sistema de junctions, o final do jogo e a falta de referência na época me fez gostar muito do jogo. Hoje eu já não sei se teria a paciência infinita que tive pra zerar. Mas o que interessa aqui, é o final. E o final é fofolet demais!

Não sei se é por causa da trilha sonora (Kudos, Uematso!), ou pelo fato da animação ser muito bem feita. O lance é que eu curti muito o final do jogo, e mesmo odiando o par de protagonistas, a beijoca dos dois no final realmente me emocionou.

Só assiste, vai:



E agora temos um enorme problema em nossas mãos. O final de Final Fantasy IX.

Final Fantasy IX, pra mim, é o melhor Final Fantasy de todos os tempos. Vai, fâ de Final Fantasy VII, pára de ler o texto agora, seu fag. Não precisa esperar eu explicar o motivo, eu sei que você não vai entender, então não precisa ler o resto.

Bom, para os que sobreviveram até aqui, eu conto o porquê de tanta admiração por este jogo.

Primeiro, o protagonista não é um emo, mala, que não fala uma frase inteira o jogo todo e usa uma espada esquisita. Ele é um Super Saiajin, ator/ladrão, mulherengo, que usa adagas e passa o jogo inteiro tentando pegar a princesa! Há! Toma essa, Cloud! E Squall! Seus malas.

Segundo, a princesa, Garnet, tem personalidade. Resolve fugir porque cansou da vidinha glamurosa de princesa e quer viver uma vida de aventuras. Ela corta o próprio cabelo com uma adaga. E tem a bundinha SD mais redondinha dos games.

E terceiro, o jogo tem o Vivi. Ponto Final



“Mas e o final, ô cáspita?” Ah é, tinha me esquecido do problema acima mencionado. Este problema é o final do jogo. Calma, calma. O final é bom demais da conta. Com uma trilha sonora que faz meu coração ficar mais leve. E uma qualidade gráfica assustadora para os padrôes do PSX.

“Então, qual é o problema?” O problema é que não tem beijo! RÁ! Pelo menos no meu ponto de vista. O vD insiste que tem. Mas quando rola o fade out, eu não vejo o casal se beijando. Não que isso interesse muito, né? Afinal, esse nem é o tema do Top 10. =P

Vê o final aí e me diz se tem beijo:



2 - Avatar - A Lenda de Aang.

Avatar é um anime, que não é anime. Feito para crianças mas que não é feito para crianças. Com personagens chatinhos que não são chatinhos. E com um final previsível que não é previsível! Olha só, que coisa legal!

SE, por um acaso, você não assistiu a série, faça um favor a si mesmo e assista. É um dos melhores desenhos animados que eu já vi. Seja pela história, seja pela animação, seja pelos personagens. Tudo em Avatar reflete a ouro. Até o símbolo da Nação do Fogo, homenageando a Rebel Alliance é bacana.

N.E.: O autor desse artigo descobriu essa semelhança de uma maneira incômoda: Pouco depois de decidir tatuar o símbolo, até que vossa senhoria V de Venâncio disse, inocentemente, "Olha, Nação do Fogo!". Sonhos devastados.

E eu não vou contar a história toda, porque acho que é sacanagem. Se você não conhece a série, é melhor assistir sem saber o final. Se você assistiu tudo, delicie-se:



1 - Friends.

Moçada do meu coração. Quem me conhece a fundo, sabe que eu sou um fã incondicional de Friends. Eu aprendi inglês assistindo a série. A referência que eu tenho de amor verdadeiro se chama Rachel e Ross. Eu passo o dia inteiro quotando Friends e ficando puto porque meus amigos não entendem.

E não há sombra de dúvidas que o final de Friends é uma das coisas mais legais que existem. Sério. Depois de 10 anos acompanhando a série, ela termina de forma magistral. Com a resolução de um romance que começou no primeiríssimo episódio. Olha que coisa linda!

Eu não sei nem o que falar direito. É muita emoção em uma secretária eletrônica só.

Vamos logo ao que interessa:



Tá achando que acabou? Não, meus queridos! Eu estou disposto a fazer o post mais longo da história da blogosfera. Logo, vou colocar aqui algumas menções honrosas. =P

Copa 2010

A copa foi uma merda. O Brasil perdeu pra Holanda. A final foi um jogo chato do cacete. Maaaaas. Porém. Contudo. Entretanto. Todavia. Rolou um romance muito bacana nos bastidores. E ele terminou “ball to the wall”.

Kudos para o Señor Casillas!



Blade 2

Eu sou fã dos dois primeiros filmes do Blade, o terceiro nem tanto. Mas, para mim, Blade fez ressurgir a febre de adaptações de quadrinhos que hoje inunda os cinemas. E o final do segundo filme é muito bacana. Blade chuta a bunda do vilão, e leva sua amada para ver um último nascer do sol antes de morrer.

Por que não entrou na lista? Porque não rola beijo, hehe. Rola no máximo uma carícia facial em chamas. E porque está nas menções honrosas? Porque VAMPIROS PEGAM FOGO QUANDO EXPOSTOS AO SOL! Somente por isso.



Barrados no Baile

Assim como Friends, Gilmore Girls e Blossom, Barrados no Baile fez parte da minha infanto-juvenilidade. E aqui, também, eu esperei 10 anos pra sabe com quem a chatonilda da Kelly ia ficar. Felizmente foi com o Dylan, que pela careca, devia ter uns 50 anos no final da série.



Acho que eu vou parar por aqui. Ainda tem uns 30 finais com beijo que eu gostaria de colocar neste post. Mas eu duvido que alguém ainda esteja lendo. Logo, me despeço. Good bye, bitches!


Anything Can Happen Thursdays é o nome dessa nova e singela coluna. Toda quinta-feira estarei aqui falando uma infinidade de baboseiras sobre toda e qualquer coisa que me dê vontade. Boa sorte para vocês.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Resenha: Call of Duty Black Ops

Por Vitor "vD" Duarte




Lentamente, o FPS vai se tornando um gênero mais apreciável por mim. Já viram como eu gostei de Vanquish, né? Já falei como Gears of War é um jogo excelente, babei o ovo dele e tal. Mas eu nunca falei da minha outra aproximação com o gênero, que é a franquia Call of Duty. Mais especificamente, Modern Warfare ou CoD4.

Foi um jogo favorito por algum tempo, quando eu ainda ia em lan houses passar a noite inteira estourando a cabeça dos amiguinhos. Enquanto o modo de um jogador era tenso e cheio de ação, o multiplayer levava a experiência à um novo patamar, dando um valor impressionante à cooperação e ao trabalho de equipe para que um lado fosse vencedor. Todos vocês conhecem o sucesso que Modern Warfare atingiu, então acho desnecessário discorrer sobre isso.

Modern Warfare 2 só ampliou o jogo, com mais modos de multiplayer e uma continuação de história excelente. Infelizmente, nada posso dizer com precisão do jogo, já que minha época de lan house passou há muito tempo atrás, bem antes do lançamento do título. E meu Xbox 360 também não teve lá muita oportunidade de analisar o jogo como se deve.

Para suprir essa necessidade, no entanto, vamos falar da sequência espiritual da franquia. A nova tentativa da Treyarch no campo de guerra em primeira pessoa.

Sim, Treyarch... E não precisam sair correndo. Tenho coisas muito educativas pra dizer sobre Call of Duty: Black Ops.




Provavelmente por causa dos rios de dinheiro que a Activision ganhou com o quarto título dessa franquia, ela resolveu começar a lançar um por ano. Modern Warfare veio em 2007, desenvolvido pela Infinity Ward, subsidiária da empresa em questão. No ano seguinte tivemos Call of Duty: World at War, primeira tentativa da Treyarch, desenvolvedora de vários jogos inspirados em filmes (pausa pra vômito) na nova geração de videogames de emplacar um jogo da série. Infelizmente, Segunda Guerra Mundial - mesmo com zumbis - é um tema muito desgastado, e World at War foi ofuscado em relação à seu antecessor.

2009 trouxe a sequência do jogo da Infinity Ward, que gerou grana suficiente pra limpar cavidades anais de milhares de pessoas durante um ano inteiro. Mas aí as coisas começaram a dar errado, rolou aquela briguinha entre a gigante Activision e a desenvolvedora que nada tinha o que fazer... E a empresa maior resolveu mandar todo mundo embora. Nada de Modern Warfare mais, pelo que parece... Ao menos, não pela desenvolvedora que fez ele famoso.

É a hora da Treyarch entrar chutando porta, né? O título da série de 2010 era dela, e era a chance de provar que ela consegue fazer coisa boa: O desafio de apagar vários jogos ruins e trazer pra nova geração um título que fosse envolvente, empolgante e com potencial pra jogo infinito, assim como foram os predecessores da franquia.

E o resultado?




Ok, início de jogo e a gente já entra na viagem que é Black Ops, com várias telas aleatórias sendo mostradas pra nós. Somos apresentados então ao Capitão Alex Mason, personagem principal da história. Mas ele está preso, num tipo de instalação do governo americano que o interroga incessantemente, com uma voz camuflada por efeitos sonoros. O interrogador questiona sobre o que ele sabe, sobre o que ele fez. E Mason dispara eternamente que não sabe de nada que está acontecendo, e que não há nada para ser dito. Mais imagens psicodélicas começam a aparecer, e o jogo começa finalmente...

Com um flashback.

Mason está em Cuba, num bar que toca salsa, conversando com companheiros. Eles têm uma missão ali: Derrubar Fidel Castro, da maneira mais brutal possível. Enquanto discutem o plano, soldados comunistas aparecem no local e começam a causar tumulto, interrogando Mason e seus compadres. É nessa hora em que eles revidam, roubam as armas dos soldados e partem pra cima da galera. E é aqui que você começa a controlar o nosso amigo.

Não posso e nem quero dar mais detalhes do que acontece nesse tempo. Isso tá aí pra você descobrir. Mas o que posso dizer é que Call of Duty Black Ops é todo centrado nesses pequenos flashbacks de Mason, que vão formando o quebra-cabeça imenso que é o modo campanha do jogo. Sim, nós temos uma história aqui. Todas essas cenas se passam na Guerra Fria comendo solta e Vietnam no ápice. Período de tantas missões secretas e guerras não-contadas.

Black Ops já se ganha pelo seu enredo. Mas eu quero contar mais sobre a parte Call of Duty dele.




Temos uma jogabilidade bem centrada no que a gente já conhece de Call of Duty: Um tiro em primeira pessoa com destaque pra eficiência do trabalho em equipe. Analisando os tantos tiros que disparei nesse jogo, eu até senti um feeling parecido com o que rolava em Modern Warfare, principalmente no multiplayer.

Mas aí tem os adicionais. O jogo também é bem dinâmico, lotadíssimo de armas. Sério, o armamento que é apresentado aqui é quase que infinito! Armas russas, americanas, chinesas... E é só o início. E do mesmo jeito que os seus predecessores, cada arma tem possibilidade de customização de acordo com o tempo. No modo campanha, você vai achando variações das armas ao longo das missões. E no multiplayer são destravadas novas possibilidades de adendos às armas que você carrega.

A Treyarch fez um trabalho exemplar nos gráficos. Todos os cenários são impressionantes a ponto de deixar Modern Warfare no chinelo. E cada parte do jogo reflete essa qualidade, passando para o jogador exatamente a experiência que era pra ser: Você se sente na guerrilha quando o jogo adentra as florestas do Vietnã. Viaja junto com Mason quando ele invade bases inimigas chutando portas e atirando em tudo que se move.




Essa é outra chave do gameplay: Não só você participa do tiroteio comum, mas em
várias cenas a sensação é de estar acompanhando um filme de ação. Não foram em poucas ocasiões em que eu gritei de empolgação com o que o personagem principal faz. Seja dirigindo motos, carros, caminhões, barcos e helicópteros, assim como explodindo tanques com mísseis, toda a experiência de ação no jogo é muito maior e mais empolgante que qualquer QTE que você já viu. A interatividade em todo o jogo está presente, e é impressionante.

Aliás, não podemos esquecer que estamos falando de um jogo de Black Ops. E todo esse caráter de espionagem e operações especiais está presente durante a história. Existem eventos especiais onde você se esgueira para conseguir cortar algumas gargantas de inimigos desatentos, e quando você consegue se aproximar sem ser visto, a cena de execução do pobre desavisado é muito excelente.

Por último, o clima do jogo é todo da Guerra Fria. Vemos figuras icônicas do período durante a história, incluindo JFK e Fidel Castro, fielmente representados. E, como não poderia deixar de ser, qualquer história durante esse período é recheada de complexidade. O que é impressionante para um jogo que, teoricamente, é muito mais dedicado à multiplayer. Esse atributo é visto na duração da campanha de um jogador: apenas cinco horas. Mas acredite: vale a pena.




Como eu já disse ali atrás, Call of Duty foi feito para multiplayer. Desde o Modern Warfare, que colocou o trabalho em equipe em primeiro lugar nas partidas de vários jogadores e foi o primeiro jogo da série a utilizar o apoio da Live e da PSN que a série vem dando um foco todo especial nessa parte. E no Black Ops não há nada tão diferente assim: Quem jogou um CoD jogou todos eles em relação à isso.

A parte excelente desse modo aqui é que agora pode-se colocar até quatro pessoas numa sala local. Ou seja, se você tiver quatro controles do seu Xbox ou do seu PS3, é possível juntar uma galera pra fazer um 2x2 frenético na sala da sua casa. Se alguém aí gritou “GoldenEye”, é exatamente esse o sentimento que eu quero invocar. É uma pena não ter a campanha cooperativa também, mas é perdoável.




Enfim... Essa é geralmente é a hora em que eu falo de algum defeito do jogo. Começo a dizer que tem algum bug ou que é curto ou que a história é confusa. Mas eu devo anunciar por meio dessa que a minha seção de reclamação para com os jogos foi TOMADA POR ZUMBIS OH MEU DEUS!

Sim, meus queridos. Seguindo o exemplo do predecessor espiritual World at War, Black Ops tem um modo zumbi EXCELENTE!

Dividido em modos singleplayer, multiplayer de tela dividida e multiplayer pela Live/PSN, Zombies consiste apenas em um modo horda onde você tem que sobreviver o máximo que conseguir às ondas contínuas de zumbis. Eles adentram por lugares específicos, que dependem do mapa, e constituem as suas únicas barreiras para que você não seja atropelado. Essas barreiras podem ser reconstruídas, enquanto você tenta ir abrindo caminho para obter novas armas e, consequentemente, matar mais zumbis.

E é EXTREMAMENTE DIVERTIDO encarar esse modo no multiplayer local. O suporte é pra apenas duas pessoas, mas ainda assim já é muito desespero e cabeças zumbis voando.

Sem contar o que rola no final da campanha singleplayer, que melhora o modo zumbi ainda mais... Mas aí eu estou falando o que não devo.





Veredito:

Call of Duty: Black Ops é a mistura perfeita de Metal Gear Solid com o tiro em primeira pessoa já conhecido da primeira franquia. Todo o clima de Guerra Fria e o envolvimento com missões secretas é representado de maneira ímpar aqui, e tudo com o complemento de uma jogabilidade exemplar para qualquer jogo FPS que por ventura vier depois. Como sempre foi com CoD.

Todos os personagens, a história, os cenários, se encontram numa harmonia tão grande que você não se sente jogando. Falando de um jeito que todos irão entender: Black Ops é o melhor filme de ação que eu já assisti. E estou levando em conta muita coisa pra falar isso. Claro, não assisti Mercenários ainda, então perdoem a minha generalidade abusiva, mas eu ouso dizer que o jogo está nesse patamar quando comparado à um filme.

A Treyarch fez o melhor jogo dela de todos os tempos. E talvez, só talvez, seja também o melhor Call of Duty até hoje.



Call of Duty: Black Ops
Ação/FPS
Desenvolvido pela Treyarch, distribuído pela Activision
PC, Xbox 360, Wii, PS3, Nintendo DS
Utilizada a versão de Xbox 360 para essa resenha.
Modo Campanha terminado uma vez, multiplayer e modo Zombies testados.

sábado, 6 de novembro de 2010

Resenha: God of War - Ghost of Sparta

Por Guilherme "Ornacio" Oliveira



THIS IS SPAAAAA...OOOWAIT!

Vou confessar, nunca gostei de God of War, e isso é sério. Os dois primeiros títulos da série que saíram para PS2 nunca me atraíram, por mais que tenha gerado todo aquele ‘must play’ e Kratos para dono do mundo com sua Blade of Chaos, não me interessava por algo em que eu apenas tinha que ir para frente e cortar o máximo de inimigos que minhas correntes alcançassem.

Um bom tempo depois, fui indicado a ‘Chains of Olympus’, o primeiro God of War para PSP e quer saber? Gostei muito. É um jogo curto, divertido e sem enrolação, respondia todos os requisitos que procuro em um título para PSP. Fui devidamente apresentado a Kratos, um espartano que tem meu respeito, o cara que consegue deixar Leonidas apenas em ‘Léo’ e que armado com suas Lâminas do Caos faz um estrago titânico (sem trocadilhos). Se existem algum limite dentro do enredo e da temática de GoW, avise-o para se esconder ou fugir, pois Kratos o ‘Fantasma de Esparta’ voltou.

‘Todo final tem um começo’

Ghost of Sparta acontece após o final do primeiro GoW. Ares está morto e Kratos assume o trono do antigo deus da guerra, porém, visões do passado ainda assombram sua mente, seu antigo treino militar em Esparta, uma mulher pedindo ajuda, entre outras cenas fazem com que o guerreiro espartano tome a decisão de partir em buscar de respostas.

Kratos vai para Atlantis, a cidade perdida, onde estão o templo de Poseidon, senhor dos mares e de Thanatos, deus da morte. Após um breve conflito com Scylla - uma mistura de anfíbio, tentáculos e braços - que destruiu toda a frota marítima de Kratos, você é ‘empurrado’ para Atlantis.




Dentro da cidade tomada pelo caos, Kratos parte em busca do templo de Poseidon enfrentando soldados e bestas que tentam impedir nosso protagonista de alcançar seu destino. Já no templo você está dentro de uma lembrança de quando era criança e treinava com alguém de sua idade, uma mulher aparece e diz que já haviam feito demais pelo dia e era hora de entrar, Kratos os segue. Você encontra a mesma mulher que lhe pedia ajuda em suas visões, a própria mãe de Kratos.




Após algum tempo de conversa Kratos fica sabendo que seu irmão, Deimos, está vivo e está preso dentro dos domínios de Thanatos. O espartano recorda de que enquanto treinava com seu irmão havia sido Esparta foi atacada.

Deimos, um garoto franzino com marcas idênticas às que Kratos tem hoje, foi raptado durante a invasão à Esparta por duas pessoas a cavalo enquanto o jovem deus da guerra viu tudo sem poder fazer nada, sua força e agressividade não causavam nenhum dano às duas figuras.

Callisto, a mãe de Kratos, diz que o guerreiro deve voltar a Esparta e que lá encontraria mais respostas sobre seu passado e o caminho para salvar seu irmão que ainda está vivo. Depois de tantas revelações, a mulher entra em um estado de choque e se transforma em uma terrível aberração, que claro, você deve por abaixo.

Deste ponto em diante são inúmeras às situações que as habilidades de Kratos são colocadas a prova, desde a destruição de Atlantis (causada por Thera, o titã de lava que fora liberto por Kratos), passando por seu retorno a Esparta, um breve encontro com Midas (do toque de ouro), até a travessia dos portões dos domínios de Thanatos, onde a trama tem seu desfecho.




Vicious! Gory! Savage! Inhuman!

Ghost of Sparta inovou mais um episódio da série para o PSP. Com novas habilidades, armas, magias e o foco do enredo, que explica um pouco mais do passado de Kratos, não só por seus parentes e que o espartano já foi humano o suficiente para ter sentimentos por entes queridos, mas que os deuses (em especial uma só) já estão de sacanagem com o Fantasma de Esparta a um bom tempo. Em GoS mostram a essência de Kratos como um guerreiro da cidade de Esparta, seu treino e seus princípios são exaltados com o desenvolver do jogo, o que nos faz lembrar que ele não é um talento nato, que fora treinado para ser assim.

O sistema de evolução do personagem é o mesmo, através de uma certa quantidade de ‘red orbs’ você pode dar um upgrade em todas as magias e armas do jogo.

No inicio do enredo após o evento com sua mãe, Kratos encontra Thera – o titã de lava aprisionado dentro do vulcão próximo a Atlantis – que o convence o herói que se o libertasse poderia utilizar seus poderes, dito e feito, Kratos crava suas lâminas dentro do peito do Titã, libertando-o, o que causa a erupção do vulcão e destruição de Atlantis, e assim ganha sua segunda arma, ‘Thera’s Bane’, que nada mais é do que um ‘fire power up’ nas Lâminas de Athena, além de ser eficaz na destruição de itens feito de aço.

Lembram que comentei sobre a essência de um guerreiro de Esparta, pois é, após visitar a sua cidade natal, Kratos é presenteado com o kit ‘lança e escudo’. O conjunto permite que você, com sua lança, faça ataques a curta e longa distância e o escudo torna-se a melhor opção de defesa disponível no jogo.




As magias são: ‘Eye of Atlantis’ que libera uma descarga elétrica sob os inimigos, ‘Scourge of Erinys’, Kratos produz um facho de luz que converte a energia inimiga em health orbs e ‘Horn of Borea’, artefato que produz uma geada em volta do herói e congela todos ao seu redor.

A violência e ignorância de Kratos, como o novo Senhor da Guerra, continuam a mesma, com combos, desmembramentos e várias maneiras de aumentar os números de sequências nos inimigos, com uma gama de combinações entre armas e magias que com certeza vão agradar aos fãs de série.

In my opinion...

God of War: Ghost of Sparta está na minha lista de ‘você deve jogar’. E eu disse que não gostava deste tipo dessa franquia, não é? O sucesso de Kratos como personagem, todas as revelações deste episódio e a maneira genial de encaixar o novo título dentro do universo God of War, fez com que eu procurasse mais sobre o jogo (por causa de Chain of Olympus joguei os GoW I, II e III). Mas deixo o aviso, se você nunca jogou nenhum outro GoW e pretende jogar GoS só porque leu esta resenha, pare, vai ser só mais um ‘hack and slash’, Ghost of Sparta foi feito para os fãs da série, inserindo adventos e exaltando situações que somente quem ajudou Kratos em sua vingança contra os deuses vai entender o porque de sua fúria com o Olimpo.

E se você jogar e terminar, faça-o mais uma vez, Ghost of Sparta está repleto de extras que compensam serem liberados, extras que dão uma nova perspectiva dentro do jogo ao ponto de tornar-se um divertido passa tempo ao invés de algo maçante que te prende a horas sem dar nenhum retorno positivo, also knows as ‘liberar filminho’.

Mais uma obra-prima da ‘Ready at Dawn’ que prometeu algo maior e melhor do que Chain of Olympus e cumpriu, nos apresentou mais um motivo para acreditarmos que os deuses devem temer pelo espartano que deu um ‘chega pra lá’ na onipotência do Olimpo.

In Kratos, we trust!



GoW: Ghost of Sparta
Single-player - Hack and slash
Desenvolvido pela Ready at Dawn e distribuído pela Sony
PSP (Playstation Portable)
História terminada uma vez com mais de 7h de gameplay, com 50% dos extras liberados.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Resenha: Castlevania - Dracula X Chronicles

Por Matheus "White" Carvalho


Estamos no mês das bruxas, meus caros.

De todas as coisas da cultura enlatada americana, o Halloween é com toda certeza meu favorito!

Claro, depois de burro-velho, parte da graça se perde por não ser mais socialmente aceitável ir para uma festa com uma fantasia do Batman ou de Cavaleiro do Zodíaco.

Sim! Eu era um garoto descolado que usava fantasias legais quando era pequeno!

Já que fui impedido desse tão estranho prazer, resolvi prestigiar essa data com algumas resenhas especiais nesse final de mês.

Então, sendo o bom copiador que sou, farei duas resenhas de uma das minhas séries favoritas!

CASTLEVANIA: DRACULA X CHRONICLES



Okay, me chame de clichezento, eu sei que estão todos falando de Castlevania atualmente, mas eu não ligo! Eu amo essa série e não tem melhor data para falar dessa série senão em Outubro.

Outra coisa, devo lembrá-los que em sua origem, castlevania era o mais próximo que tínhamos de um jogo de terror! Nada de goombas ou Ganondorf, você tinha que surrar fantasmas, vampiros e zumbis em sua aventura. Então, nada mais apropriado de postar essa resenha nessa época do ano.

Justificado minhas razões eu prossigo, não espero que concordem, apenas que as compreendam.

Retorno do Senhor do Castelo



Castlevania DXC é o remake feito para PSP do Rondo of Blood, jogo original do PC Engine e depois portado para o Snes com o nome de Castlenia: Dracula X.

Que fique claro: Esse é do tipo BOM de remake, o qual pega tudo o que já era bom do antigo jogo, e só lapida alguns pequenos detalhes para adequá-lo ao novo mercado de games, agradando assim gamers antigos e atuais.

Quem dera todos os remakes fossem assim.

Na essência, Castlevania DXC é o Rondo of Blood com gráficos modernos, esses que foram todos refeitos do zero. Personagens, inimigos e cenários, todos moldados em um belo 2,5D. Todo chefe do jogo agora tem uma pequena de introdução, assim como foi adicionado mais cenas para complementar ainda mais a história.

Fora a parte áudio-visual, as mudanças são reduzidas ao mínimo: caminhos estão levemente diferentes para incluir pequenos extras a serem caçados e foram adicionadas novas cenas dubladas para contar mais detalhadamente a história.

Outro ponto importante é que todas as cenas em anime foram trocadas por cenas em 3D, façamos um breve comparação das introduções:





Falem o que quiser mas eu amo esses gráficos de computador antigo com cores pasteis. Sei lá, é tão nostálgico... Mas vejam só: A nova entrada não perde em nada para antiga, ela consegue ser épica e sombria como ela deveria ser!

Isso foi um resumo e tanto, mas confiem em mim quando eu digo que o jogo todo é assim, representando exatamente o feeling do jogo original sem desrespeitar a memória dos fãs.

Outro ponto importante a ser observado que esse remake é baseado na versão original do Rondo of Blood, e não da versão de SNES (que é levemente piorada).

A criatura da noite caminha entre nós.



História e jogabilidade foram duas coisas que se manteram intactas com a conversão das versões.

Como vocês observaram bem nas introduções, Shaft, um sacerdote das trevas e seus seguidores fazem um ritual para trazer Drácula de volta a vida para começar mais uma vez seu reinado de terror.

Você assume o papel de Richter Belmont, um membro da família que está fadada a enfrentar o mestre das trevas pelas eras. Armado com a lendária Vampire Killer (que nesta versão é representada por uma corrente ligada a uma bola de espinhos) ele segue em busca não só para livrar o mundo das trevas, mas também de libertar sua namorada e todas as damas das garras do terrível Conde.

A história é épica, não ouse reclamar!

Rondo of Blood foi criado antes da série se tornar “Metroidvania”, então não temos equipamentos, mapas complexos ou upgrades, e eu digo que os produtores foram sábios em não alterar isso no remake.

Richter não possui as mesmas habilidades de Simon em Super Castlevania IV, ou seja, ele pode unicamente acertar frontalmente com seu chicote e também não pode movê-lo livremente. Ou seja, você não pode golpear para cima ou em diagonal, fazendo com que o machado se torne sua arma secundária favorita.

Ah é. Richter pode destruir objetos pelo cenário em busca de armas secundárias e corações, que servem como munição para elas. Temos facas que acertam diretamente e em linha reta (e são inúteis na maioria do tempo), Machados fazem uma parábola e são perfeitos para acertar inimigos longes ou aéreos, cruzes funcionam como bumerangue, Agua Benta como uma granada, Bíblia faz um movimento circular, perfeito para proteger de todas as direções e finalmente, temos o raríssimo relógio, que faz o tempo andar mais devagar.

Sim, não podemos acertar em todas as direções, mas se bem preparados, nossa guarda nunca ficará aberta.

E, para complementar, também é possível dar um mortal para trás, sendo sua ferramenta de esquiva principal no jogo (que é um verdadeiro salva vidas na maior parte do tempo).

Em certa fase, podemos tomar um caminho alternativo para libertamos a adorável Maria. Ela que insiste em auxiliar Richter em sua missão, sendo possível selecioná-la como personagem antes de cada missão.

Maria utiliza pássaros ao invés da Vampire Killer e em troca de todas as armas secundárias, temos os 4 animais místicos da mitologia chinesa (Azuloong, Genbu, Suzaku e Biakko, qualquer um que viu Digimon sabe disso) que funcionam de formas diversas.

O interessante é que ela tem duplo pulo, golpe mais veloz e também tem mais diversidade em suas armas do que o Richter, então, sim! Ela é uma personagem melhor do que ele em muitos cenários do jogo.

E é sempre agradável ver o poderoso Drácula ficar de joelhos perante uma menininha, não é?

E também o jogo manteve a dificuldade, e ora! O sobrenome de Castlevania é dificuldade! Uma verdadeira horda de monstros vem em sua direção e você precisa ter bom reflexos para sair ileso. Seu posicionamento deve ter precisão cirúrgica, um pixel para frente e você tomará o dano. Mas o pior de tudo é que quando você morre, não te passa aquele sentimento habitual de “JOGO IMPOSSÍVEL, EU TE ODEIO!” e sim de “Droga... se eu estivesse um pouco mais ao lado ou tivesse prestado mais atenção, eu conseguiria...”. Esse sentimento faz você tentar de novo e de novo, sempre com uma esperança inútil que se sairá melhor do que a última.

Você irá suspirar aliviado depois de passar de alguns chefes, eu garanto.

Mas sendo otimistas, ambos Richter e Maria têm um golpe especial que variam de acordo com a arma que estão usando. Esse golpe gasta muitos corações, mas tira um belo pedaço de vida de chefes e acertam praticamente a tela toda.

Você vai usar muito isso.

Muito, muito, muito.

Assim como no original, muitas fases tem rotas alternativas, essas que podem levar a itens secretos para abrir extras, as garotas perdidas que precisam ser resgatadas ou ainda para outras chefes e fases secretas. Isso tudo deixa o jogo bem “recheado”, te obrigando a passar pela fase mais de uma vez para encontrar todos os segredos dela (relembro que não existem upgrades, se você não conseguiu passar de uma parte é porque você é ruim e não porque ainda falta determinado item para conseguir passar).

Alias! Se você seguir direto até o Drácula, conseguirá apenas o final ruim. É necessário encontrar todas as garotas sequestradas antes de um determinado chefe para conseguir o final bom.

E, falando em final, uma outra jogada legal dos produtores foi a de renomear a última fase para “Bloodlines” e deixá-la idêntica ao prólogo de Symphony of the Night, aumentando ainda mais o clima de “sequência direta”.

Lágrimas Sangrentas



Além do gráfico, há outra mudança espetacular: O áudio!

Oh!

Castlevania é o tipo de jogo em que o Sound Test não é um extra inútil. Músicas são bem compostas e são simplesmente fantásticas. Sou capaz de ouvi-las por horas e horas sem reclamar.

Alias, eu vibrei quando ouvi Vampire Killer no VGL desse ano e Bloody Tears é o meu atual toque de celular.

Claro, as músicas e efeitos sonoros foram remasterizadas para usarem e abusarem todo potencial sonoro do PSP.

Mas não só as músicas que foram refeitas. O jogo agora acompanha uma elegante dublagem em todas as cenas, seja nas animações ou em simples conversas tanto do jogo principal quanto dos extras.

Isso é ótimo, mas eu admito que sinto falta do clássico: “WHAT IS A MAN?!”

...E esse é o meu toque para mensagens no celular.

Sim! Meu celular é o mais maneiro do mundo!

Uma última mudança a ser comentada é que todos os personagens ganharam um excelente banho de loja com uma arte fenomenal. Eu tenho esse jogo original aqui em casa e eu digo que passo horas apenas olhando o encarte, apenas apreciando as belas imagens.

As melodias da noite e do sangue



Como não poderia deixar de ser, um remake é especialmente dedicado aos fãs, então nada melhor do que inserir uma boa dose de extras para fazê-los felizes, não?

Conforme já tratado, no meio das fases, você deve procurar muito bem por itens secretos para liberar músicas para o Sound Test ou ainda, dois jogos originais para felicidade do jogador.

Primeiro, temos o Rondo of Blood original com apenas algumas alterações na dublagem, o que é ótimo visto que a maioria das pessoas desse lado do planeta jamais teve a oportunidade de jogá-lo.

E segundo, temos o tão famoso Symphony of the Night do Psone.

Alias foi uma jogada de marketing genial da Konami. Utilizar a popularidade de Symphony para chamar a atenção do público para um título menos conhecido foi uma idéia muito boa.

Symphony sofreu algumas mudanças singelas, também. Como eu já disse, tivemos uma redublagem geral nas falas (DIE, MONSTER.) e, assim como na versão para Saturn agora temos de enfrentar Maria como chefe e ela também pode ser usada como personagem além de Alucard e Richter, só que dessa vez, seu gameplay está praticamente o mesmo o do Rondo of Blood.

Veredito



Eu amo remakes desse jeito.

Ficou realmente muito bom o modo que eles reconstruíram o jogo com a tecnologia atual. Os gráficos ficaram melhores, os desings dos personagens ficaram melhores e as músicas ficaram melhores, isso sem TOCAR na base do jogo e seu gameplay.

E esse é o tipo de jogo que fica por um tempo com você, que simplesmente do nada bate aquela vontade de enfrentar novamente uma fase ou fazer algum outro caminho, apenas para ver se algo acontece de diferente.

Mas esse jogo traz uma dúvida consigo: Porque a Konami não faz mais desses remakes?

Sério! Eles já mais do que provaram que são capazes de faz a coisa direitinho, porque não continuar?

O Bloodlines do Genesis está simplesmente pedindo para ser refeito!

Imagina como seria incrível ver John e Eric varrendo as mais diversas abominações do mapa em 3D! E ainda, se precisassem de um game extra para chamar atenção, fizessem um port de Super Castlevania IV, aposto que muitos gostariam de revisitar esses jogos em seus PSP.

Por favor, Konami, atenda meus pedidos!



Castlevania: The Drácula X Chronicles
Publicado e desenvolvido pela Konami para o Playstation Portable em 2007.
Utilizada a versão americana para fazer o review.
História completa com todos os personagens, fases, jogos extras e finais abertos.
Só não digo 100% porque faltam duas ou três músicas.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Resenha: Vanquish

Por Vitor "vD" Duarte




Nunca fui entusiasta de jogos de tiro. Simplesmente não curto o modo Mouse-Teclado pra FPS/TPS. Não acho que seja inadequado, mas pra mim não serve. No dia em que eu descobri o controle de Xbox 360, aí eu comecei a ter uma certa simpatia por shooters, e Gears of War me deu um tapa na cara.

Esse jogo, que ainda vai ganhar uma resenha por aqui, me mostrou como um TPS linear pode ser bom mesmo sendo repetitivo e, pra algumas pessoas, enjoativo. Viciei de um jeito irrecuperável, e depois de terminar os dois títulos já lançados da série, fiquei órfão, esperando por um terceiro jogo ou um substituto à altura.

Aí veio Vanquish.



Vocês lembram da minha resenha de Bayonetta, né? Claro que lembram. Lá eu falei que a Platinum Games iria desenvolver quatro jogos em parceria com a Sega. Vanquish foi o quarto deles, sob direção do aclamado Shinji Mikami, de Resident Evil. Ele prometeu um shooter rápido, psicodélico, algo bem diferente dos jogos de tiro que estamos acostumados. Veio as primeiras imagens, e trailers, e era tudo realmente surpreendente. Um mundo sci-fi extremamente futurista, bullet-timing pra você brincar de Matrix. Mas, queridos, nunca confiem num bom trailer. Se algum jogo é bom demais pra ser verdade em vídeo, provavelmente não é tão bom na prática.

Mas joguei, então, Vanquish! E ele afunda completamente ou é cheio de vitória em slooooooow motion?



Americanos contra Russos, de novo e novamente

Passamos primeiro por um tutorial, e aqui você aprende as malícias básicas de seu brinquedinho novo. São também apresentados os personagens Elena Ivanova, François Candide e a estrela do jogo, Sam Gideon. Pode chamá-lo também de “Wannabe-Solid Snake”, trabalho que ele consegue fazer até bem, de voz rouca e cigarro. Após o treinamento básico, cortamos para a cena onde San Francisco é TOTALMENTE DESTRUÍDA por um satélite americano acoplado à uma estação espacial! Do nada!

Descobre-se que os russos tomaram conta de tal colônia, e lançaram o ataque como uma declaração de guerra aos Estados Unidos. Sim, aqui a Rússia acabou se tornando uma superpotência militar, e se equipara ao Tio Sam nesse quesito. O combate então começa no próprio espaço, com os americanos tentando tomar a estação de volta. É lá que é mostrado o Tenente Coronel Robert Burns, um brutamontes sem tamanho com uma mão biônica e uma minigun inacreditável. E junto com ele e seu esquadrão, está ninguém menos que nosso querido Sam.

A armadura que o herói veste, ainda em modelo experimental, servirá de apoio ao time na missão de retomada. E aí você toma o comando do amigo Gideon, pronto para comprar briga com os russos. Os robôs russos. Sim, o exército camarada é todo feito de criaturas mecanizadas de cor vermelha, claro. Você parte desse contexto, para uma missão absurdamente frenética.

Viu que eu não falei muito da história, não é? Sinceramente, Vanquish não se preza por contar uma obra-prima literária. Agora eu quero mostrar o que esse jogo realmente tem de melhor.



É o Homem de Ferro... branco.

Vanquish tem como base a armadura de Sam - ARS, Augmented Reality Suit. Propulsionada por um motor de foguete, toda a mágica e glória do jogo depende dela. Na prática, dois atributos fazem ela ter um fator impactante no gameplay. O primeiro é o bullet-timing: Ao rolar para o lado e mirar logo em seguida, ele é ativado, e o tempo começa a passar mais lentamente. Tem todo um lado estético dessa habilidade, mas ela colabora bastante para uma precisão mais alta. E, é claro, é estilosa aos montes.

A segunda abilidade é um tipo de sliding: Sam pode percorrer longas distâncias com o apertar de um botão, ficando de joelhos e acionando os propulsores. Ao tentar atirar em sliding, o bullet-time é ativado, possibilitando manobras evasivas e, com uma certa habilidade, alguns tiros bem-colocados. Existem oito tipos de armas ao seu dispor, cada uma delas ideal para um certo tipo de situação. A armadura também possibilita ataques físicos muito fortes, que mudam de acordo com a arma que você usa. A parte ruim? O sliding, o bullet-time e os ataques físicos utilizam a MESMA barra de energia. Ou seja, você tem que se monitorar o tempo todo para que não entre em superaquecimento tal qual um notebook da HP.



A parte de tiro é... A parte de tiro. É um sistema de cobertura a la Gears of War, basicamente, com a exceção de que nosso herói pode, enquanto está protegido, parar para tragar um cigarro. Os inimigos em geral são bastante frágeis, e os maiores têm pontos fracos para serem atingidos. Com o sliding e o bullet-time, é razoavelmente fácil vencê-los. No modo normal, se você se adapta bem com os comandos, o jogo não te oferece grandes desafios. Sam não é resistente, mas aguenta algumas pancadas antes de cair definitivamente.

O jogo é separado em atos, de modo que ao completar um deles você pode selecioná-lo no menu principal para jogar apenas ele. Há também um modo de desafios táticos, onde você tenta exterminar tropas russas no menor espaço de tempo possível. Um jeito bom de te adaptar com os comandos, caso você esteja tendo dificuldade de seguir na história ou apenas queira atirar um pouco sem compromisso.



A graça de Vanquish, no entanto, está na harmonia que as habilidades da armadura encontram perante ao caos. Se você sabe utilizar tudo da maneira correta, e entende onde deve procurar inimigos em cada um dos cenários, o jogo se torna algo bonito de ver. Quase como um filme de guerra e ficção científica, mesmo. O que ajuda nesse aspecto é que os gráficos são impressionantes, com a Havok sendo usada à perfeição. Então, com técnica aqui, você pode chamar seus amiguinhos para ir na sua casa e dizer “Ei, querem me ver jogando Vanquish? Eu garanto que vocês não vão se arrepender!”.

True story.

Mas, como nada é perfeito...

Sim, Vanquish tem falhas. Defeitos, por assim dizer. Um deles já foi citado lá em cima: a energia compartilhada da armadura, que limita muito os seus movimentos. Por exemplo, você não pode usar sliding para ir até um robô russo bastardo e enfiar a mão na cara dele, sem ser pego no recuo porque sua armadura superaqueceu. Eu gosto de pensar que o traje é um modelo experimental, então erros como esse podem acontecer. Mas é só um jeito de camuflar a verdade.



A segunda maior falha é que o jogo é muito curto. Tipo, MUITO curto. Coisa de cinco horas de jogo contínuas, sem contar mortes nem nada. Pensar que uma jornada curta dessas possa valer a pena é estranho. Mas o lance está no fator replay: Você vai gostar do fluxo do jogo, da jogabilidade, do jeito como ele passa. São cinco horas, mas não há momentos nulos ou vazios ou chatos. São horas de adrenalina e tiroteio ininterrupto.

Veredito:

Eu penso em Vanquish como um jogo teste. Uma preparação pro que pode vir a seguir. Um dos motivos pra isso eu já citei lá em cima: O fato da armadura ainda ser um protótipo. O outro é o gigantesco gancho que ele deixa no fim das contas. E o jogo todo parece com isso, com um experimento feito para testar uma modalidade nova de tiro em terceira pessoa. E eu digo que, nesse departamento, o jogo passa com louvou.

A outra associação que faço é que esse jogo mistura aspectos tanto ocidentais quanto orientais. É simplesmente magnífico ver, durante batalhas maiores, cenas que parecem saídas de um anime. Um dia eu falei que Vanquish seria uma combinação entre Bayonetta e Gears of War. Eu descobri que esse jogo tem uma pegada bem diferente. É algo mais parecido com um crossover entre Gears of War e Zone of the Enders. Pra quem jogou o último: High fives, você jogou um dos melhores títulos de ficção científica robótica de todos os tempos. E sim, estamos falando de uma rapidez em Vanquish que é daquele nível.

Por fim, Vanquish é uma personificação de jogos de tiro antigos, passados para um visual muito mais glorioso e cheio de cores. Sinceramente, tiveram momentos em que o sentimento da experiência remetia à Metal Slug, ou Contra. Rápido, com atos curtos, muitos tiros e muitos inimigos. É basicamente a mesma fórmula, se pararmos pra pensar.

Para a Platinum Games, eu digo “Por favor, vocês acertaram. Eu quero mais”.



Vanquish
Tiro em 3a pessoa
Desenvolvido pela Platinum Games e distribuído pela Sega
Playstation 3, Xbox 360
Utilizada a versão de Xbox 360 para essa resenha
História terminada uma vez, alguns Tactical Challenges feitos.