Por Guilherme "Ornacio" Oliveira
Antes de começar este review, eu pergunto: você já jogou Dead Rising? Caso sim, continue a leitura e descubra o que mudou nesta continuação. Caso contrário, saiba que o primeiro episódio, lançado em 2006, é incrível e mostrou um novo conceito de ‘sandbox’. Milhares de zumbis espalhados em um shopping gigantesco para explorar, sobreviventes para salvar, e psicopatas para te dar muito dor da cabeça. No jogo, você controla Frank West, o fotógrafo e protagonista do primeiro game, que nos mostrou o quão divertido e viciante um game com zumbis pode ser.
Em Dead Rising 2, você está em Fortune City, a nova Las Vegas. O protagonista da história é Chuck Greene, pai de família, campeão de motocross e estrela de um programa, diga-se de passagem bizarro, chamado Terror is Reality (TIR), no comando do programa está o excêntrico e magnata Tyrone King ou TK. Chuck só aceita participar do show, que envolve matar o maior número de zumbis possível, dentro de uma arena em um determinado tempo, por que sua pequena e adorável filha Katey, foi mordida por um zumbi e, para não se tornar um, precisa diariamente de doses de Zombrex, o medicamento que retarda o efeito do vírus e tem efeito de somente 24 horas. Logo, Chuck precisa do dinheiro que ganha nas competições para comprar o remédio.
No início do jogo, é mais uma noite de competição na arena TIR, Chuck deixa a pequena Katey em um lugar seguro e vai fazer seu trabalho. Após o show, de volta para o backstage algo acontece, e zumbis começam a invadir o local. Chuck sai à procura de sua filha e decide encontrar algum lugar seguro, e claro, vocês acabam em um abrigo com outros sobreviventes.
Dentro do abrigo você conhece os próximos personagens que vão dar rumo à trama, Stacey Forsythe, líder do C.U.R.E. (Citizens for Undead Rights and Equality), um grupo de pessoas que acreditam e defendem os direitos de ‘vida’ dos zumbis, afinal, zumbi também é gente. A repórter ambiciosa, corajosagostosa Rebbeca Chang e Raymond Sullivan, o chefe de segurança linha dura responsável pela ‘harmonia’ do local.
Durante o desenrolar da história, a mídia acusa Chuck de ser o causador da invasão zumbi, em Fortune City e de acordo com Sullivan, o resgate militar chega em 72 horas. Agora cabe a você encarnar o personagem, e acompanhar todos os casos, a fim de descobrir o que está acontecendo dentro da cidade, provar sua inocência e claro, dar doses diárias de Zombrex para Katey.
Sobreviva, evolua e não esqueça o Zombrex
Para se dar bem em Dead Rising 2, será necessário que você esmague a cabeça de muitos zumbis. O game tem um sistema de evolução que funciona em cima de experiência. Conforme o level alcançado, Chuck Greene fica mais forte, mais ágil, ganha mais espaço em seu inventário e habilita novos Combo Cards. Falando em novidades, os Combo Cards permitem que você crie armas potentes combinando vários itens espalhados pelo cenário. As modificações são infinitas e inesperadas, desde ursos de pelúcia com metralhadoras, tacos de baseball com pregos, cadeira de roda elétricas à guitarras ‘tunadas’ que explodem cabeças com o bom heavy metal.
Se você achou que o shopping de Dead Rising era grande, espere até conhecer Fortune City. A cidade é imensa e faz jus a réplica de Las Vegas, cheia de centros comerciais, cinemas e cassinos, cada um com uma perspectiva diferente e com o dobro de zumbis do primeiro episódio.
Os psicopatas, pessoas que foram psicologicamente afetadas pelo stress do holocausto zumbi, continuam espalhados pela cidade causando problemas. Enquanto, muitos sobreviventes precisam ser encontrados e levados para a Safe House. Ambas ações, de matar ou ajudar, vão lhe dar muita experiência e eventualmente alguma regalia preciosa, como um novo combo card ou até uma dose de Zombrex.
Dead Rising 2 continua com seu humor ácido, desde casuais pitadas de conotação sexual até piadinhas e diálogos entre os personagens. E para quem está acostumado com Frank West, devo dizer que Chuck Greene é mais carismático do que o canastrão da série anterior. O protagonista consegue ter a pose de durão e paizão ao mesmo tempo, o que adicionou demais. O enredo também agradou muito, pois é cheio de reviravoltas que causam mind blows constantes, durante sua evolução.
Pitaco final!
Em uma escala de zero à dez, afirmo que Dead Rising 2 está na sétima colocação. Infelizmente, no amontoado final, o jogo continua sendo Dead Rising, só que mais difícil. A falta de ‘checkpoints’, na trama, também é um fator que desanima um pouco, não é divertido você salvar várias pessoas, dar de cara com um psicopata e ser morto, daí ter que voltar da última vez que o jogo foi salvo. Isso rendeu ecos infinitos de palavrões em minha casa.
Porém, Chuck Greene salva o título. O personagem e o sistema de combo cards sabem fazer a diferença em DR2. A sensação de estar em cima de algum lugar, repleto de zumbis, e utilizar a guitarra tunada, enquanto suas cabeças explodem conforme o riff, não tem preço.
Dead Rising 2 é um bom jogo, porém, vou encarar como uma série que precisa ser aperfeiçoada. E caso decida se aventurar em Fortune City, tenha em mente: try to not lose your head!
Dead Rising 2
Sandbox
Desenvolvido pela Blue Castle Games e distribuído pela CAPCOM
Playstation 3, Xbox 360
Utilizada a versão de Xbox 360 para essa resenha
História terminada uma vez, com saldo de 3058 zumbis mortos.
Pela resenha parece ser bom, aperfeiçoar quase sempre é necessário mesmo. gostei mto do seu blog, vou seguir :**
ResponderExcluirIrado.
ResponderExcluirJoguei o primeiro no Wii, ainda não zerei.
Sei que a versão Xboxista é superior, não me julgue.
Enfim, tenho muita curiosidade sobre esta versão, mas não sei se concordo ao dizer que o Chuck é mais carismático que o Frank West.
Pois, como eu disse na minha primeira resenha aqui: "CARA, É O FRANK WEST!"
Nada mais precisa ser dito.
PS: A filha do principal gosta de megaman, o que já a faz ter meu automatico respeito.
Chuck Greener consegue ser badass e paizão, acho que isso cativa muito mais do que um canastrão como o Frank.
ResponderExcluirSei lá cara.
ResponderExcluirFrank West é um personagem que foi criado para ser realista e heróico ao mesmo tempo.
Por isso ele consegue ser tão legal. =)
Pra mim a unica coisa que estraga o Dead Rising é a distância dos Save Points...
ResponderExcluirIa ser bem melhor se você pudesse salvar a qualquer momento, como em Fallout.
da pra jogar com o Jigglypuff?
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