Por Guilherme "Ornacio" Oliveira
Vou confessar, nunca gostei de God of War, e isso é sério. Os dois primeiros títulos da série que saíram para PS2 nunca me atraíram, por mais que tenha gerado todo aquele ‘must play’ e Kratos para dono do mundo com sua Blade of Chaos, não me interessava por algo em que eu apenas tinha que ir para frente e cortar o máximo de inimigos que minhas correntes alcançassem.
Um bom tempo depois, fui indicado a ‘Chains of Olympus’, o primeiro God of War para PSP e quer saber? Gostei muito. É um jogo curto, divertido e sem enrolação, respondia todos os requisitos que procuro em um título para PSP. Fui devidamente apresentado a Kratos, um espartano que tem meu respeito, o cara que consegue deixar Leonidas apenas em ‘Léo’ e que armado com suas Lâminas do Caos faz um estrago titânico (sem trocadilhos). Se existem algum limite dentro do enredo e da temática de GoW, avise-o para se esconder ou fugir, pois Kratos o ‘Fantasma de Esparta’ voltou.
‘Todo final tem um começo’
Ghost of Sparta acontece após o final do primeiro GoW. Ares está morto e Kratos assume o trono do antigo deus da guerra, porém, visões do passado ainda assombram sua mente, seu antigo treino militar em Esparta, uma mulher pedindo ajuda, entre outras cenas fazem com que o guerreiro espartano tome a decisão de partir em buscar de respostas.
Kratos vai para Atlantis, a cidade perdida, onde estão o templo de Poseidon, senhor dos mares e de Thanatos, deus da morte. Após um breve conflito com Scylla - uma mistura de anfíbio, tentáculos e braços - que destruiu toda a frota marítima de Kratos, você é ‘empurrado’ para Atlantis.
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Dentro da cidade tomada pelo caos, Kratos parte em busca do templo de Poseidon enfrentando soldados e bestas que tentam impedir nosso protagonista de alcançar seu destino. Já no templo você está dentro de uma lembrança de quando era criança e treinava com alguém de sua idade, uma mulher aparece e diz que já haviam feito demais pelo dia e era hora de entrar, Kratos os segue. Você encontra a mesma mulher que lhe pedia ajuda em suas visões, a própria mãe de Kratos.
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Após algum tempo de conversa Kratos fica sabendo que seu irmão, Deimos, está vivo e está preso dentro dos domínios de Thanatos. O espartano recorda de que enquanto treinava com seu irmão havia sido Esparta foi atacada.
Deimos, um garoto franzino com marcas idênticas às que Kratos tem hoje, foi raptado durante a invasão à Esparta por duas pessoas a cavalo enquanto o jovem deus da guerra viu tudo sem poder fazer nada, sua força e agressividade não causavam nenhum dano às duas figuras.
Callisto, a mãe de Kratos, diz que o guerreiro deve voltar a Esparta e que lá encontraria mais respostas sobre seu passado e o caminho para salvar seu irmão que ainda está vivo. Depois de tantas revelações, a mulher entra em um estado de choque e se transforma em uma terrível aberração, que claro, você deve por abaixo.
Deste ponto em diante são inúmeras às situações que as habilidades de Kratos são colocadas a prova, desde a destruição de Atlantis (causada por Thera, o titã de lava que fora liberto por Kratos), passando por seu retorno a Esparta, um breve encontro com Midas (do toque de ouro), até a travessia dos portões dos domínios de Thanatos, onde a trama tem seu desfecho.
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Vicious! Gory! Savage! Inhuman!
Ghost of Sparta inovou mais um episódio da série para o PSP. Com novas habilidades, armas, magias e o foco do enredo, que explica um pouco mais do passado de Kratos, não só por seus parentes e que o espartano já foi humano o suficiente para ter sentimentos por entes queridos, mas que os deuses (em especial uma só) já estão de sacanagem com o Fantasma de Esparta a um bom tempo. Em GoS mostram a essência de Kratos como um guerreiro da cidade de Esparta, seu treino e seus princípios são exaltados com o desenvolver do jogo, o que nos faz lembrar que ele não é um talento nato, que fora treinado para ser assim.
O sistema de evolução do personagem é o mesmo, através de uma certa quantidade de ‘red orbs’ você pode dar um upgrade em todas as magias e armas do jogo.
No inicio do enredo após o evento com sua mãe, Kratos encontra Thera – o titã de lava aprisionado dentro do vulcão próximo a Atlantis – que o convence o herói que se o libertasse poderia utilizar seus poderes, dito e feito, Kratos crava suas lâminas dentro do peito do Titã, libertando-o, o que causa a erupção do vulcão e destruição de Atlantis, e assim ganha sua segunda arma, ‘Thera’s Bane’, que nada mais é do que um ‘fire power up’ nas Lâminas de Athena, além de ser eficaz na destruição de itens feito de aço.
Lembram que comentei sobre a essência de um guerreiro de Esparta, pois é, após visitar a sua cidade natal, Kratos é presenteado com o kit ‘lança e escudo’. O conjunto permite que você, com sua lança, faça ataques a curta e longa distância e o escudo torna-se a melhor opção de defesa disponível no jogo.
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As magias são: ‘Eye of Atlantis’ que libera uma descarga elétrica sob os inimigos, ‘Scourge of Erinys’, Kratos produz um facho de luz que converte a energia inimiga em health orbs e ‘Horn of Borea’, artefato que produz uma geada em volta do herói e congela todos ao seu redor.
A violência e ignorância de Kratos, como o novo Senhor da Guerra, continuam a mesma, com combos, desmembramentos e várias maneiras de aumentar os números de sequências nos inimigos, com uma gama de combinações entre armas e magias que com certeza vão agradar aos fãs de série.
In my opinion...
God of War: Ghost of Sparta está na minha lista de ‘você deve jogar’. E eu disse que não gostava deste tipo dessa franquia, não é? O sucesso de Kratos como personagem, todas as revelações deste episódio e a maneira genial de encaixar o novo título dentro do universo God of War, fez com que eu procurasse mais sobre o jogo (por causa de Chain of Olympus joguei os GoW I, II e III). Mas deixo o aviso, se você nunca jogou nenhum outro GoW e pretende jogar GoS só porque leu esta resenha, pare, vai ser só mais um ‘hack and slash’, Ghost of Sparta foi feito para os fãs da série, inserindo adventos e exaltando situações que somente quem ajudou Kratos em sua vingança contra os deuses vai entender o porque de sua fúria com o Olimpo.
E se você jogar e terminar, faça-o mais uma vez, Ghost of Sparta está repleto de extras que compensam serem liberados, extras que dão uma nova perspectiva dentro do jogo ao ponto de tornar-se um divertido passa tempo ao invés de algo maçante que te prende a horas sem dar nenhum retorno positivo, also knows as ‘liberar filminho’.
Mais uma obra-prima da ‘Ready at Dawn’ que prometeu algo maior e melhor do que Chain of Olympus e cumpriu, nos apresentou mais um motivo para acreditarmos que os deuses devem temer pelo espartano que deu um ‘chega pra lá’ na onipotência do Olimpo.
In Kratos, we trust!
GoW: Ghost of Sparta
Single-player - Hack and slash
Desenvolvido pela Ready at Dawn e distribuído pela Sony
PSP (Playstation Portable)
História terminada uma vez com mais de 7h de gameplay, com 50% dos extras liberados.
Excelente artigo! Sou um grande fã da franquia God of War e estou esperando por esse título já faz um bom tempo. Se o Chains of Olympus já foi fenomenal, imagina esse aí. Parabéns, ótima resenha.
ResponderExcluirAlgo que acho interessante de GoW é que, desde o primeiro jogo, ele mantém basicamente a mesmíssima fórmula, só dando uma polida aqui e ali para não ficar monótomo.
ResponderExcluirComo dizem: "Em time que tá ganhando não se mexe!"
Pois é totalmente verdade!
Bom te ver de volta no blog,
Abraços!
Lucas obrigado pelo elogio!
ResponderExcluirWhite, o que mantém God of War é o Kratos e sua história. A fórmula do jogo eu também acredito que nunca vá mudar. Com toda certeza afirmo que o que se vende é Kratos e não GoW.
Por isso vão continuar só dando mais 'miolo' pro personagem, cavando sobre sua história. Veja só, rápido spoiler, nesse episódio é citado o pai de Kratos mas de forma beeem sútil nem o nome do caboclo dão, ou seja, certeza que esse será o gancho do próximo titulo da série.
Abraços e obrigado!